terça-feira, 31 de maio de 2011

Ações para uma biblioteca sustentável


  Considerando as questões e problemáticas de cunho ambiental do meio urbano, pretendemos refletir sobre a possível implementação de uma biblioteca sustentável. Tendo em vista que a sociedade atual valoriza predominantemente o acúmulo de bens materiais e culturais, podemos citar MILANESI, que em seu texto "Cultura no centro", mostra o quanto a cultura do TER se sobrepõe a cultura do SER. O autor explica  que é necessário quebrar o paradigma de que cultura se remete ao discurso intelectual, aquele expresso por um "falar difícil".
  Dessa forma, consideramos que é necessário haver uma mudança do paradigma do ter para o fazer por meio de atitudes sustentáveis, com as quais o homem possa interagir com o meio ambiente sem degradá-lo. Para a efetivação dessa mudança, podemos propor as seguintes ações:
- Promover eventos sobre materiais recicláveis, que podem ser utilizados como matéria-prima  para construção de uma biblioteca sustentável;
- Promover eventos que produzam hábitos sustentáveis, como por exemplo, feiras de troca de livros;
- Incentivar a manifestação cultural, por meio de exposições  de obras produzidas pelos frequentadores da biblioteca, comunidade em geral e realização de círculos de leitura;

 MELLO, em seu texto "Cultura na períferia", procura mostrar que a períferia  tem sua identidade cultural. Nesse sentido, para a implementação de uma biblioteca sustentável em uma determinada comunidade da periferia, precisamos:
- Conhecer e contextualizar os tipos de manisfestação cultural do entorno da biblioteca;
- Desenvolver o hábito de leitura nos espaços internos e externos da biblioteca;
- Utilizar os 3 R's (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) na produção de obras de arte pelos frequentadores e demais membros da comunidade, na possível captação de renda através dos materiais e redução do lixo urbano.

 ALMEIDA, em seu texto sobre bibliotecas comunitárias, menciona que  podemos agir localmente atingindo o global, através das seguintes atitudes:

 -Desenvolver projetos de baixo custo para a construção de uma biblioteca sustentável;




  -Mostrar-se disposto e participar de todo processo de elaboração e construção da biblioteca ideal, onde os 3 R's sejam prioridade; 


- Construir, com  a cooperação da comunidade, um centro cultural com espaço para leitura, disseminação da informação e divulgação de diversas culturas.

 Ao lermos VILLANI, percebemos que a biblioteca pública, seja qual for sua tipologia, não deve se resumir a simples função de armazenamento de informações, e sim disponibilizá-las à comunidade de forma que a mesma utilize esse conhecimento e transforme-o em ações, mas para que isso ocorra devemos:
- Fazer com que o usuário participe do processo de construção e elaboração de acervos que atendam a sua necessidade informacional;
- Incentivar a produção de textos e manisfestações culturais diversas que aconteçam no entorno da biblioteca.

E ao lermos FLUSSER, nos questionamos se as técnicas bibliotecárias não afasta a comunidade do mundo dos livros e do saber. Desse modo, o autor menciona que para quebrar esse obstáculo entre "expert" e comunidade, o bibliotecário deve:
- Expressar-se de forma mais compreensível, de modo que o usuário possa participar do processo de aprendizado através dos livros.
- Promover a capacitação de pessoas da comunidade para que elas possam atuar dentro e fora da biblioteca, como agentes multiplicadores do hábito de leitura.

Referências
 ALMEIDA, Maria  Christina Barbosa; MACHADO, Elisa. Bibliotecas
Comunitárias em pauta. In: Encontros com a Biblioteca: Bibliotecas
comunitárias e populares: diálogo com a universidade, 2006, 23 e 24 de
Agosto. São Paulo. Itaú Cultural. Disponível em:
http://www.itaucultural.org.br/biblioteca/download/bibliotecas_comunitarias_e_populares_.pdf.
 Acessado em: 15 maio 2011.


FLUSSER, Victor. A biblioteca como instrumento de ação cultural.
Revista Escola de Biblioteconomia da UFMG. Belo Horizonte n. 12, v. 2,
p.145-169, set., 1983.

MELO, Denise A.; HIAGON, Ricardo; TAUANY, C. Pazini. A cultura da Periferia. In: Saraus na Periferia  da Cidade de São Paulo: Práticas de ação cultural. 2011, Trabalho de Conclusão de Curso (Biblioteconomia e Ciências da Informação) -Fundação Escola de Sociologia e Política , São Paulo, 2010; p. 37-41.
MILANESI, Luís. A casa da invenção. 4 ed. São Paulo: Ateliê editorial, 2003.
VILLANI, Elvira. A biblioteca pública como pólo mediador  de cultura.  São Paulo: 2006. 88 f. Trabalho de conclusão de curso (Especialização  em Gerência de sistemas e Serviços de informação). Escola de Sociologia e Política de São Paulo, 2006.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ação cultural, Bibliotecas e Sustentabiblidade

Olá amigos do blog do Bibliotecário Sustentável,

 Falarei  hoje um pouco do novo  de  ação cultural, sustentabiblidade
e Bibliotecas como instrumento de conscientização do cidadão.

 Retirei alguns trechos do site do ESTADÃO onde percebe-se o quanto
nossos Poder Legislativo não dá a mínima para as APAs (áreas de
proteção ambientais), APPs (áreas de proteção permanente), favorecendo
somente produção de alimentos em larga escala para o setor
agropecuário, em detrimento do meio ambiente:

  "O texto abre muitas brechas para reduzir a proteção ambiental",
analisa o ex-deputado federal e indigenista Márcio Santilli, fundador
do Instituto Socioambiental (ISA). Entre outros pontos, a proposta
gera um estímulo ao fracionamento das grandes propriedades rurais no
País, ao permitir que imóveis de até 4 módulos fiscais - entre 20 e
400 hectares, variando conforme o município - deixem de ser obrigadas
a recompor a reserva legal. "Isso já está acontecendo nos cartórios
pelo interior do País e dificultará a fiscalização pelos órgãos
ambientais."

Santilli concorda que é necessária uma atualização do Código
Florestal, que data de 1965, mas avalia que o texto proposto espelha a
falta de uma política ambiental ampla para o País. "Existe uma
incoerência entre as normas estabelecidas pelo Legislativo. Se
aprovado, esse Código Florestal não vai dialogar com a Lei de Mudanças
Climáticas e a Lei da Mata Atlântica, ambas aprovadas pelo próprio
Congresso."

 Poucos de vocês que não tiveram contato com a informações sobre
alternativas menos impactantes ao meio ambiente como o manejo de
Sistemas Agroflorestais, que segundo Embrapa:

"Sistema agroflorestal é uma forma de uso da terra na qual se combinam
espécies arbóreas lenhosas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos
agrícolas e/ou animais, de forma simultânea ou em seqüência temporal e
que interagem econômica e ecologicamente."


 Vocês devem estar se perguntando porque do título da postagem ser
"Ação cultural, Bibliotecas e Sustentabiblidade", pois
bem, este 3 elementos me incomodam e sinto que através das ações
culturais sejam elas em bibliotecas públicas (FLUSSER, 1983) ou
comunitárias (ALMEIDA, 2006), conseguimos mudar a sociedade do micro
para o macro ensinando nossos usuários a enxergar o mundo nas
entrelinhas, tornar-se capaz de serem atores na construção de uma
sociedade mais justa, menos individualista e  que valorize não só o
próximo assim como a natureza.

 Quantas catástrofes terão de acontecer para que se façam políticas de
manejo sustentável, muitos projetos são viáveis para se produzir com
eficiência, sem precisar devastar campos e campos para fazer pastagens
e monoculturas. Um grande exemplo é o citado acima dos Sistema
Agroflorestal, assim como Mandala e a Permacultura.
 O Governo necessita investir em projetos acima citados senão estamos perdidos!

 Vocês acham que Sustentabilidade, pode acontecer somente através de
Códigos ou Leis Ambientais?
 Ou pode ser promovida através das Ações Culturais em Bibliotecas
Comunitárias e Públicas?
 Até que ponto conseguimos atuar em nossa Unidade de Informação como
mediadores culturais?


Referências
ALMEIDA, Maria  Christina Barbosa; MACHADO, Elisa. Bibliotecas
Comunitárias em pauta. In: Encontros com a Biblioteca: Bibliotecas
comunitárias e populares: diálogo com a universidade, 2006, 23 e 24 de
Agosto. São Paulo. Itaú Cultural. Disponível em:
http://www.itaucultural.org.br/biblioteca/download/bibliotecas_comunitarias_e_populares_.pdf.
 Acessado em: 15 maio 2011.

EMBRAPA.Sistemas Agroflorestais: o que é sitema agroflorestal.
Disponível em: http://www.cpaa.embrapa.br/portfolio/sistemadeproducao/prosiaf/SISAFpagina/WebSisaf/SISAF1.php.

FLUSSER, Victor. A biblioteca como instrumento de ação cultural.
Revista Escola de Biblioteconomia da UFMG. Belo Horizonte n. 12, v. 2,
p.145-169, set., 1983.

VIALLI, Andrea.Novo Código preocupa cientistas.O Estado de S.Paulo,
São Paulo, 15 maio 2011. Disponível em:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110515/not_imp719381,0.php.
Acessado em: 15 maio 2011.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ação cultural e biblioteconomia

Amigos do Blog do bibliotecário sustentável,
   Hoje penso no que poderíamos fazer como futuros bibliotecários com relação a questão de atitudes nossas de falta de respeito com o meio ambiente!
  A cultura da maioria da população baseia-se no consumismo exacerbado, que a mídia encute na mente do cidadão tendo origem em vários fatores como:
  - falta de informação;
  - preguiça;
  - falta de vontade;
  - falta de políticas públicas, entre outros fatores.

  Ao ler Milanesi em seu livro "casa da invenção",  percebi que a cultura  hoje em dia é vista como status pela sociedade, onde o ter é mais importantes do que o saber exemplificando assim  como o conhecimento fica em segundo plano ao invés de ser uma prioriadade da sociedade do conhecimento.

 Para formarmos  cidadãos que valorizem e respeitem o meio ambiente o bibliotecário deve ser como Villani mostra em seu texto sobre as "bibliotecas públicas" atuante  e mediador cultural, onde norteie e possibilite o desenvolvimento de atitudes sustentáveis que ajudem o "desenvolvimento da humanidade se comprometer as gerações futuras" encontrado no artigo 225 da CF-88.

 E vocês o que acham? Podemos fazer algo como Mediadores? 
 
Ou  ter Status  por termos uma estante em casa cheia de livros e sem utilidade?

Sua opinião é muito importante!


                     Pequenas atitudes geram grandes feitos


Referências
 BRASIL. Constituição Federativa do Brasil. 1988.

MILANESI, Luís. A casa da invenção. 4 ed. São Paulo: Ateliê editorial, 2003.

VILLANI, Elvira. A biblioteca pública como pólo mediador  de cultura.  São Paulo: 2006. 88 f. Trabalho de conclusão de curso (Especialização  em Gerência de sistemas e Serviços de informação). Escola de Sociologia e Política de São Paulo, 2006.

 Imagem  retirada http://www.akatu.org.br/Temas/Residuos/Posts/Em-Sao-Paulo-empresa-incentiva-reciclagem



 

domingo, 1 de maio de 2011

Leis burocráticas que atrapalham as cooperativas

 Caro amigos e participantes do blog do bibliotecário sustentável,
 Selecionei duas matérias que selcionei da Folha.com, no caderno Cotidiano do dia 10/04/2011, onde retirei alguns excertos para que dialogarmos sobre as políticas públicas ineficientes perante ao problema do lixo.


"O decreto 51.907/10, assinado pelo prefeito Gilberto Kassab em novembro, esses condomínios só podem contratar prestadores cadastrados pela prefeitura, sob pena de multa de R$ 1.000 e perda do alvará de funcionamento."











 Desse modo o nosso dignissímo prefeito com sua burocrática atrapalha diversas cooperativas de exercer de entrar na legalidade e gerar renda através dos materiais recicláveis. Porém, esse não é o grande problema de condomínios residenciais, mas também os de empresas que precisam se adequar a nova lei. Concomitantemente, Governo e Município devem promover políticas públicas de coleta seletiva com mais triagem, separação de resíduos sólidos e, essencialmente, o incentivos fiscais às empresas que tratam seus resíduos gerados.

Bom, gostaria de saber a opinião de vocês a respeito dessas reportagem e o que  pode- se fazer para melhorar a situação atual dos resísuos sólidos residenciais e empresariais?


Referências:

DESIMONE, Mariana.Coleta de lixo em prédios esbarra na burocracia após decreto. http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/900731-coleta-de-lixo-em-predios-esbarra-na-burocracia-apos-decreto.shtml

DESIMONE, Mariana. Prédio deve se organizar para separar materiais descartados. http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/900780-predio-deve-se-organizar-para-separar-materiais-descartados.shtml